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Notícias / Polícia

03.08.2019 às 09:27

Delegado que trabalhou em Juti é preso por furto de cocaína em DP

Moraes é policial há 19 anos e já trabalhou nas delegacias de Rio Negro, Juti e Rio Verde

Redação

A Corregedoria da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul descobriu que o furto de quase 100 quilos de cocaína de dentro do 1º DP de Aquidauana foi o estopim de um esquema de corrupção policial que vai além da negociação de drogas e outros itens apreendidos pelos investigadores: extorsão e venda da liberdade de presos pelo antigo delegado titular do local, Éder de Oliveira Moraes.

Nas investigações da Corregedoria, houve a apreensão de celulares e autorização de acesso a dados dos telefones dos dois, que ligaram o envolvimento do delegado, a advogada e seu marido, mais um dos detidos pelo caso, que já havia sido preso com 200 quilos de cocaína no interior de São Paulo e, em 2012, foi preso com 900 quilos de maconha no Estado.

Moraes é policial há 19 anos e já trabalhou nas delegacias de Rio Negro, Juti e Rio Verde. Ele estava há quatro anos como delegado em Aquidauana.  

 

O PROCESSO

Restanto ainda cerca de 15 dias para a conclusão do inquérito, a Polícia Civil ainda guarda os detalhes sobre como se deu o furto da cocaína, ocorrido no dia 10 de junho. Nove pessoas, sendo duas mulheres e sete homens, foram presos por suspeita de envolvimento com o caso. Desses, pelo menos cinco têm ligações com o PCC, facção criminosa que controla o tráfico de drogas e armas na fronteira do Estado com Paraguai e Bolívia.

Levantou a suspeita da polícia o fato de que quatro deles estavam detidos na delegacia no dia do furto da cocaína por falta de pagamentode pensão, evidentemente um crime desprezível. Na avaliação de investigadores, tudo foi premeditado. Pelo menos dois detentos que fazem parte do semiaberto de Aquidauana ajudaram a furtar a droga na madrugada do dia 6 para 7.  

A apreensão dos 101 quilos de cocaína aconteceu no dia 30 de maio por policiais rodoviários federais, onde encontraram o entorpecente escondido dentro do tanque de diesel de um caminhão na região urbana de Aquidauana. A droga foi levada até a delegacia, onde ficou nove dias no local.

Para a polícia, a possibilidade de recuperar a droga é remota. Avaliada em R$ 2 milhões, a cocaína teve vários destinos, entre eles portos do Paraná e São Paulo.  Tabletes de cocaína encontrados nos carros e nas residências de alguns suspeitos irão ser testados para saber se é a mesma apreendida pela PRF.  

Durante o primeiro furto da droga, os suspeitos cerraram barras de ferro da grade onde pegaram as drogas. No segundo furto, eles esqueceram um tablete que vai servir de prova para comparar com a cocaína encontrada no Toyota Corolla do marido da advogada Mary.

"A Corregedoria da Polícia Civil vai ser implacável nos desvios de conduta. Teremos que cortar na carne. Não podemos misturar os policiais. Isso nós estamos fazendo para preservar os bons policiais", disse o delegado Carlos Delano, da Corregedoria da Policia Civil.

Há cerca de duas semana que o 1º DP de Aquidauana funciona com 'correção', ou seja, com os policiais do braço disciplinar da corporação dentro do local acompanhando todos os trâmites. Não é revelado, por enquanto, a quantidade de policiais da cidade envolvidos nos esquemas de corrupção.


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